Ethos 13

O surreal fotográfico

      Vamos falar de coisa louca hoje! Segurem-se nas cadeiras, poltronas, camas e afins, pois vamos viajar ao mundo do subconsciente, da imaginação... do Surrealismo!

     O Movimento Surrealista foi uma das quebras no conceito de arte que os movimentos de vanguarda modernos pregavam. Assim como outros modernistas, os surrealistas rompiam com o conceito da arte representativa, racional. Nada melhor do que quebrar o real com o mundo imaginativo do inconsciente, não? e foi exatamente o que eles fizeram!

     Baseado nas ideias do psicanalista febre no momento, Sigmund Freud, o surrealismo procurava fazer uma retratação do inconsciente, do mundo do sonhos, interpretando estes em seus quadros, livros, filmes... e fotografias!

     Sim, o Primeiro Manifesto Surrealista foi criado na década de 20, num contexto recheado de artes, descobertas psicológicas, avanços tecnológicos e popularização da fotografia. Foi uma das artes mais representadas por esse meio, seja nos quadros estáticos ou no cinema.

     Um dos fotógrafos mais visionários do surrealismo foi certamente o  norte-americano Emanuel Rudzitisky, mundialmente conhecido como "Man Ray". Ajudou a fundar o movimento dadá, juntamente com o francês Marcel Duchamp. Posteriormente se liga ao surrealismo, fazendo diversas fotomontagens e manipulações. Entre muitas contribuições, podemos citar o uso da raiografia (ou fotograma), onde não usava câmera alguma, dispersando objetos em cima de um papel fotográfico e iluminando-o.

     Outra contribuição de Man Ray foi o uso da técnica da solarização, onde ocorre uma leve inversão de tonalidades de algumas áreas da fotografia.

      O surrealismo é experimentação! Puxa as imagens do profundo inconsciente para colocá-la no plano real. Quando o fotógrafo trabalha com isso, seus trabalhos saem fantásticos, inimagináveis, incríveis  Confira abaixo uma galeria com trabalhos surrealistas, antigos e contemporâneos.