quarta-feira, 9 de maio de 2012
Beleza e magreza nem sempre desfilam juntas
É impossível não falar dessa doença tão comum na vida de muitas modelos. A anorexia é um dos extremos que as pessoas chegam para encontrar (ou acreditar) que estão vivendo a perfeição, perfeição que na verdade só é considerada em suas próprias mentes, já que é como se a visão fugisse da realidade.
Magreza é sinônimo de perfeição: braços, cintura, pernas finas e sabe-se lá como está o emocional e a mente dessas modelos que dedicam suas vidas correndo atrás de um parâmetro absurdo sugerido pelo mundo da moda. Muitas delas mostram dificuldades e mal conseguem levantar os sapatos ao desfilar nas passarelas, como foi o caso de modelos nas semanas brasileiras de moda, em 2010. Elas exibem corpos extremamente esqueléticos com costelas e ossos quase à mostra, e acabam reproduzindo um típico problema de quem acredita que é possível emagrecer mais: a anorexia. Vai ver por isso as modelos são os principais alvos dessa doença. Essas garotas não só tem uma obsessão pela magreza como também acabam se torturando por um objetivo quase desnecessário...
"Já tentei vomitar depois de comer horrores e não consegui. Minha gargante dói muito. Gostaria de algum laxante para colocar a comida pra fora." Essa menina tem 19 anos, pesa 57 quilos e tem 1,67m de altura. Pelo IMC, ela está com o peso ideal para sua altura, mas mesmo assim ela sente necessidade de emagrecer.
Será o mundo assim tão capitalista e tão cruel a ponto de ignorar o bem estar das pessoas em troca de fama e negócios? Será assim tão simples e natural "embelezar o mundo" com pessoas que afrontam o psicológico de garotas donas de um corpo anormal, enfeitando e pendurando cabides humanos no varal da vida?
Os senhores da moda (estilistas, agentes, agências, etc) tem como verdade ter garotas esqueléticas para o mundo da moda, mas não tem como verdade e íntegro uma vida saudável.
Não só cruel, mas hipócrita.
O caso é tão sério que no Parlamento de Israel já foi aprovado uma lei que proíbe modelos abaixo do peso de desfilarem. Segundo Rachel Adato, quem apresentou tal proposta, o objetivo é "salvar vidas apostando na saúde dessas modelos". A Vogue, uma das revistas mais importantes do mundo da moda, também pretende seguir com essa "campanha". Unidos, os 19 editores da revista fizeram uma espécie de pacto com o intuito de mostrar uma imagem mais saudável de suas modelos, o de não promover a anorexia, por exemplo, e outras doenças da magreza.
É claro que não vamos ver modelos fora do peso, enquanto o padrão continua sendo manequins pequenos, mas alguma coisa vai mudar e que realmente mude.
