terça-feira, 30 de outubro de 2012
Fotografia analógica... ah, quem não lembra daquelas películas fotossensíveis, que comprávamos a preço de banana nas fotóticas, mercados e até farmácias? Aquele rolinho de filme que as vezes dava um trabalhão para colocar na câmera (ainda mais pela tampa de algumas que era absolutamente impossível de abrir), aquela expectativa de saber como as fotos ficaram...
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| Foto: Kyle Lightner |
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| Isso é um VHS! |
Ok, talvez a nova geração não tenha pego essa fase, assim
como as fitas K7 ou os vinis, e quem sabe também o Bip, o VHS...
- Oi tio? Como é? Vê-agá o que?
Tá, deixa essa sessão velharia pra lá, e vamos focar. A
fotografia nasceu analógica, claro. E ficou por mais de um século sendo feita
dessa forma. Processos, conceitos, e tudo mais que usamos hoje, vem das câmeras
com filme... então porque não saber mais sobre essa forma de fotografar?
Sabe aquele lance de “respeitar os mais velhos, pois eles
tem mais experiência para passar para vocês”? Podemos dizer o mesmo da
fotografia analógica! Gosto de defender o uso de filme por muitos motivos como
o artístico, a expectativa pela surpresa, a regressão ao passado (hehe). Mas
existe algo de inteira importância: o aprendizado.
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| Foto: Chip Litherland |
Não quero dizer que você não irá aprender com uma digital,
obvio. Mas a analógica tem aquela pegada diferente, aquele “será que estou
fazendo certo?”. Fotografar com uma tela de LCD para mostrar a cena tirada, e
com um cartão de memória de 16 Mb é muito mais seguro, por isso te permite
errar mais; fotografar com um rolo de 24 ou 36 cenas, faz com que aprenda
aquilo que falei no último post: pensar antes de fotografar (afinal, poucos
podem gastar filme igual um louco ultimamente né?). Além disso, conceitos como
granulação, ISO, exposição e outros ficarão mais fáceis de serem compreendidos,
e vistos de forma praticamente mecânica.
Pensando nesse saudosismo e importância do filme é que
voltaram as toycams, com o conceito popularizado da lomografia, e produção de
novos filmes, com efeitos, sem efeitos, com tamanhos variados e muito mais.
Quem não quer gastar com uma toy, porém, não precisa chorar e esquecer a
analógica: feiras de antiguidades, antiquários e até no Mercado Livre podemos
encontrar ótimas câmeras antigas, em bom estado, e a preço de banana!
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| Lomo LC-A: a mãe da lomografia |
- Ah, mas nem estou podendo comprar nada agora não...
to
pagando a faculdade, o telefone de casa, a cachaçada do mês passado...
Fique calmo e não desista, jovem gafanhoto! Ainda podemos fazer
o processo barato – quase gratuito – da câmera Pinhole, que falarei no próximo
post.
Enquanto isso pesquisem mais, experimentem e divirtam-se!
